quarta-feira, 17 de abril de 2019

HOMECOMING: A Genialidade de Beyoncé

 Beyoncé lançou nessa quarta seu documentário pela Netflix. Homecoming aborda todo o processo criativo por trás de sua performance no Coachella do ano passado, que quebrou recordes e foi muito aclamado pela critica. No documentário Beyoncé aborda toda a questão de processo criativo e de ensaio para o festival. Além disso a cantora aborda tudo o que aconteceu em sua vida durante os 120 dias que foram necessários para que sua performance fosse impecável.
 Beyoncé abordou de leve algumas questões de sua vida pessoal, como o quanto ela se sentia insegura em relação a voltar aos palcos, falou mais sobre seus filhos e o quanto eles mudaram suas perspectivas de vida e mostrou o processo de reconstrução de Beyoncé para chegar até o dia da performance.
 Na parte musical, Beyoncé mesclou os dois dias de performance, revezando com o que já tínhamos visto com o dia que não foi transmitido.
 Homecoming tem uma mensagem muito importante: Representatividade. Toda a concepção do show é para fazer com que homens e mulheres negras possam se sentir no palco, se sentir dentro da Universidade da Beyoncé, um lugar que ela quer que seja um local de união. Ela diz que quer que todas as pessoas que não são notadas, que são talentosas mas sofrem com uma sociedade racista possam se sentir representados por ela e toda sua banda e equipe. Podemos ver Beyoncé mais uma vez usando sua arte para questões que vão além de apenas música e entretenimento, são questões sociais e que ela mesmo disse que tem que serem discutidas.
 Beyoncé usou seus 22 anos de carreira e entregou tudo em um show. Pegou suas melhores qualidade e entregou ao público. Eu senti falta dela se deixar mostrar mais de si. Queria ver a Beyoncé mãe, a Beyoncé empresária,  a Beyoncé produtora mais em ação.Os pequenos fragmentos mostrados são bons, mas nos da vontade de ver mais disso. Entendo completamente que não é essa a intenção do documentário, mas seria ótimo ver mais depoimentos e mais cenas do cotidiano dela até sua performance.
 Homecoming é um documentário espetacular. Para nós fãs apenas afirma o quão genial Beyoncé é, para os leigos mostra questões que não são muito abordados por ela, já que ela preferiu se fechar mais desde 2011. Mas com certeza é um show em todos os sentidos. É forte, empoderador, representativo e espetacular. Mostra o ápice de uma das maiores artistas da história e como ela planeja muito bem o que escrever na linha de sua vida.

domingo, 7 de abril de 2019

KISSES, Anitta e o seu conceito

Anitta é a maior cantora pop atualmente no Brasil. Ela está construindo uma carreira que vai além do seu país de origem e nós sabemos o quão dificil é sermos notados. Anitta é malandra, esperta e inteligente e está conseguindo aos poucos ser reconhecida lá fora. Mas ela precisava de algo mais consistente do que feats. com J Balvin e Rita Ora, ela precisava de algo mais marcante que um EP. Kisses é basicamente o "Eu sou isso aqui, eu sei cantar tudo isso aqui".

Kisses mostra um pouco da versatilidade da cantora, que propõe se mostrar de todas as formas possíveis em 10 videoclipes com 11 participações especiais. Porque tanta gente no álbum? Porque ela pega a garota de 15 anos que adora Becky G e também pega o homem de 50 anos que escuta Caetano. Ter participações é muito importante para aliar conteúdo e abrir horizontes de novos ouvintes.

Esse possivelmente é o último álbum da Anitta, que sabe que na era do streaming você tem que lançar e divulgar muito. Esse ano ainda tem parcerias com Clean Bandit e Madonna. Anitta agora quer deixar que as pessoas a procurem, fazer com que seu nome rode mais lá por fora, para aí sim ela começar a lançar o que der na telha.

Agora indo para o lado critico da história. Kisses é um albúm confuso, em que não dá para saber direito qual é a proposta dela. O conceito fica muito em segunda mão sobre a questão de personas. Há músicas boas e com potencial, mas há músicas "ok, não é grande coisa". Os clipes nem se fala. Uns três deles são bons, o resto realmente é fraco e sem nenhuma grande inovação. Para Anitta, a mulher bombástica que conhecemos, esse álbum me deixou com vontade de mais.

Banana, Onda Diferente, Poquito e Você mentiu são as músicas com maior potencial. Sendo Banana e Poquito para o mercado internacional e Onda Diferente e Você mentiu para o mercado nacional. Anitta mexeu com gigantes nesse álbum, mas não os aproveitou da forma correta. Esse álbum é um feito para história da música pop brasileira, mas ainda assim para a proposta dela, é pouco.

Anitta tem potencial de fazer coisas gigantes, e essas coisas gigantes foram feitas de formas bem rasas.

"Ah mas isso é inovador". Para o mercado brasileiro? Sim, lá fora esse tipo de conceito é utilizado há décadas. O último mais famoso foi feito por Beyoncé, mas não podemos comparar. A estrutura conceitual do álbum da Beyoncé vai além porque ela já era a Beyoncé. Anitta tem que trabalhar muito ainda seu conceito e potencial lá fora para poder lançar um conceito realmente conceitual.

sábado, 6 de abril de 2019

Minhas Músicas mais Ouvidas de Março de 2019

  1. ROSALÍA, Con Altura
Rosalía está cada dia mais me cativando. Quando vi ela indo pra farofa fiquei com o pé atrás, mas essa mulher faz tudo com muita personalidade e força. Con Altura é muito pegajosa e dançante. Rosalía da o tom da farofa.

2. Rosa Neon, Fala Lá pra Ela

Rosa Neon, uma banda mineira que tem muito talento, tem uma das músicas mais lindas do ano também. Fala Lá pra Ela é apaixonante e muito bem feita.

3. Ariana Grande, needy

A melhor música do thank u,next. Desculpa se não concorda, mas needy é pegajosa demais.

4. Criolo, Etérea

Criolo lança um grito de liberdade. Etérea é mais uma daquelas músicas que te motiva, te faz feliz. É linda, dançante, bem produzida.

5. Liniker e os Caramelows, Intimidade

Intimidade é uma das músicas mais lindas do ano, lançada no álbum novo da Liniker. É linda, pura e doce e ao mesmo tempo dolorida.